Atualmente
tem se difundido uma ideia de que a inclusão digital acontece a
partir da disponibilidade e difusão de equipamentos. Essa
disponibilidade parte de iniciativas governamentais e tais
iniciativas têm por objetivo suprir a demanda nacional e de certa
forma corrigir as diferenças regionais. Porém pode acentuar ainda
mais diferenças entre classes sociais.
Não adianta disponibilizar
equipamentos e as pessoas não serem capacitadas na utilização como, por exemplo, a maneira como os jovens usam a ferramenta do computador para
pesquisarem trabalhos da escola, mas sequer tem a curiosidade de ler
o que estão pesquisando, ficando somente no costume de copiar e
colar.
É
necessário, na verdade, estratégias que propiciem uma formação
para os usuários das TIC para que os mesmos possam utilizar essas
ferramentas de forma crítica em suas vidas e profissões.
O uso do artefato divide-se da seguinte maneira:
Nível
básico: “É quando o sujeito faz uso baseado em aprendizagens
anteriores”, configurando o saber digital.
Nível
intermediário: esse nível configura o saber digital e seria a
habilidade que o sujeito tem em solucionar situações que envolvam
sua habilidade de usar um programa para determinado objetivo.
Nível
avançado: esse nível é caracterizado pela presença de uma
atividade cognitiva e/ou uma meta cognição sobre o sujeito e o uso
desse objeto que gerou uma transposição.
Para
que alguém seja considerado incluído digitalmente deve possuir um
conhecimento digital, ter domínio de tecnologia digital e conseguir fazer as transposições necessárias.
Objetivando
incluir os sujeitos digitalmente, é preciso acrescentar dois novos
princípios: sustentabilidade e multiplicação.
Se
tratando dos programas comunitários, não basta as entidades
governamentais disponibilizarem equipamentos, se faz necessário
garantir pleno funcionamento dos equipamentos; qualidade de acesso e
uso; continuidade do acesso; Acompanhamento Pedagógico; acesso e
produção de Recursos Digitais e por fim, Apoio Social para que haja
de maneira eficaz a inclusão digital dos sujeitos.
Já
por fim, no princípio “multiplicação” se almeja a expansão do
modelo de inclusão digital, adaptando-se ao contexto em que
encontrasse inserido.
Concluo
que deve continuar essa difusão de ferramentas tecnológicas, porém
devemos repensar as práticas que estão acompanhando essa difusão.
Deve ser difundida sim, mas de uma forma que se produza conhecimento.